Informação atualizada em novembro de 2024.
De acordo com dados do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua/POLOS-UFMG), atualizados em novembro de 2024, o Brasil possui mais de 320 mil pessoas em situação de rua registradas no CadÚnico. A maior concentração está na Região Sudeste (63%), seguida pelo Nordeste (14%), Sul (13%), Centro-Oeste (6%) e Norte (4%).
Na Região Sudeste, São Paulo e Rio de Janeiro são os estados com os números mais expressivos, somando mais de 50% do total nacional. Na capital carioca, a situação é ainda mais alarmante: 71% das pessoas em situação de rua no estado estão na cidade do Rio de Janeiro, evidenciando o impacto da desigualdade estrutural agravada por crises econômicas e políticas públicas insuficientes para mitigar o problema.
Esse cenário não é apenas resultado da pobreza, mas de uma série de exclusões históricas que afetam principalmente a população negra, indígenas e outros grupos marginalizados. A falta de moradia e condições básicas de sobrevivência expõe essas pessoas à violência, à invisibilidade social e à negação de direitos fundamentais.
Superar essa realidade exige ações integradas que combinem políticas habitacionais, geração de renda e suporte psicossocial. Além disso, é fundamental criar espaços de diálogo para que as próprias pessoas em situação de rua participem das decisões que impactam suas vidas, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas.
A luta contra a exclusão social é uma responsabilidade de todos. É preciso trabalhar para construir uma sociedade mais justa, onde o acesso aos direito seja uma realidade para todos os brasileiros.